"Quase sempre a lápis em pedaços esparsos de papel, seguindo o curso aleatório de meus devaneios ou de minhas caminhadas" "O narrador é um ser feito de palavras, não de carne e osso, como os autores tendem a ser"
terça-feira, 24 de agosto de 2010
O Homem e o Rio
Ele não se movia. Parado ali permaneceu como uma pintura muda. O rosto marcava o percurso de um alagoano cansado. A pele queimada de um sol único e devastador traduzia os dias gastos no trabalho do seu dia-a-dia. Talvez não falasse mais. Apenas observava o passeio dos mais novos e daqueles que ainda tinham esperança. Olhava para o Rio logo adiante. Aquele que destruiu seus amanhãs, aquele que era a razão para o acordar. Como é vilão aquele que antes produzia vida. Agora só restou a morte. A água barrenta desafiou o homem cansado. E dele não teve pena. Batalha travada. Batalha perdida. Restava apenas à espera do descanso do seu inimigo.
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2 comentários:
Olá! Estava acessando Blogs e me deparei com o seu! ADOREI o texto do Rio, bonito e singelo!
Vou te seguir!!!
Grande Beijo e continue escrevendo! ;)
gosteido teu blog.
é bem interessante essas histórias. Gosto disso .
se quiser me segue aê .
1beijo! ô/
;@@
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