Ela me encarou com ar sério. Um olhar taciturno que me desafiou. Ao adentrar na sua confortável residência, as suas fotografias, insistemente, me seguiam. Evalda Rocha Carvalho, 79 anos, não gosta de sorrir para as fotos. As que estão espalhadas por sua casa, mostram a Evalda de antigamente que possui a mesma expressão da Evalda de hoje. As duas possuem um olhar profundo que até assusta quem o encara.
O meu encontro com Evalda aconteceu na cozinha. A faca usada para descascar uma laranja me intimidou. Concentrada na ação, não percebeu a minha presença. Pelo menos era o que eu acreditava. Estava errada. O seu olhar cruzou o meu para pedir que eu sentasse ao seu lado. Sentei e troquei poucas palavras com a dona da casa. Queria saber quem eu era e o que fazia com o seu marido. Lembrei que o esposo tinha me alertado o quanto aquela mulher era ciumenta. Respondi que fazia uma entrevista para a pós-graduação.
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