O amor é a mula sem cabeça que ronda a tua porta e te chama pelo nome.
Bicho papão que devora, sem mastigar,o teu pequeno coração palpitante.
É o vampiro que te planta os caninos na garganta num batismo de sangue e orgasmo múltiplo
Frankenstein que te mutila e desventura, cada pedacinho uivando de dor, gemendo de gozo e pedindo mais.
Lua cheia, na garupa do lobisomem, você galopa pelas encruzilhadas do ciúme, da traição, da loucura.
Sob a máscara do fantasma da ópera te oferece um dueto lírico e uma lição grátis de tortura sadomasoquista.
O amor faz de você a maldição da múmia, cada tira de gaze arranca do teu coração gritos de êxtase e volúpia.
O amor tem boquinha pintada cornos de fogo rabo torcido.
O amor é o diabo.
(Dalton Trevisan)
Um comentário:
Amiguinha, assisti um filme de terror que tinha um roteiro igualzinho a esse poema.
Assustador!
Beijos
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