segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Tia queima adolescente de 14 anos

(minha versão)

Os cabelos espetados provocaram medo. O olhar remelado trazia nojo. O bafo era uma mistura da cachaça de ontem com o vômito de hoje. Adentrei num lugar pequeno. Miserável. Sem cor, brilho, sabor, não havia vida ali, só pedaços de pesadelos e desilusões. Tive medo. Ela estava nua. Nua sem vontade. Fingia enferma, fingia ter lágrimas em um coração de pedra. Tive pavor. O pedaço de ferro lhe dava força e a água fervilhada mostrou sua astúcia. Ela era condenada a viver, a morrer naquele pedaço de desespero e dor. Tive pena.

4 comentários:

Paulinha Felix disse...

São as criaturas grotescas de cada dia. Às vezes, penso que elas são nossas, mas não podemos deixá-las sufocadas em nossos pensamentos.

Ela era assim mesmo, deu pra notar!

Estêvão dos Anjos disse...

Eita, eu li o começo dessa matéria...
Prefiro essa versao :p

José Feitosa (Zé da Feira) disse...

Pôxa Kassia! Fui lendo e arregalando os olhos, vendo todas as cenas contidas em cada frase. Fiquei arrepiado.Gostei muito ... do texto.

Ze da Feira

José Feitosa (Zé da Feira) disse...

A medida que fui lendo os olhos iam arregalando. Fiquei todo arrepiado, ao ver materializando-se todas as cenas contidas em cada frase. Gostei muito... do texto

Zé da Feira