"Quase sempre a lápis em pedaços esparsos de papel, seguindo o curso aleatório de meus devaneios ou de minhas caminhadas" "O narrador é um ser feito de palavras, não de carne e osso, como os autores tendem a ser"
terça-feira, 10 de março de 2009
Pobre Rima
Tecia em sonhos o papel novo. O branco agora riscado significava: cheio de versos pobres terminados em dor. Porque o amor rimava com dor. E sabia disso desde já. Era desconhecido o que vinha a ser. Quando estava triste, riscava o amor que rimava com dor, para não mais utilizar as rimas inúteis. E até a dor do amor passar, sentia-se insólita e evasiva.
Ou então ficava largada sobre o travesseiro, com uma expressão no rosto que a penumbra tornava inescrutável, esvaziando sua xícara num silêncio lânguido.
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2 comentários:
:~~
Quanta dor hem querida? Mas não "se avexe não", como alguém já deve ter lhe dito, "que amanhã pode acontecer tudo inclusive nada".
E mais: amor e dor...só na rima. viu? Amor com dor é puro interesse.
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