
Ele não se movia. Parado ali permaneceu como uma pintura muda. O rosto marcava o percurso de um alagoano cansado. A pele queimada de um sol único e devastador traduzia os dias gastos no trabalho do seu dia-a-dia. Talvez não falasse mais. Apenas observava o passeio dos mais novos e daqueles que ainda tinham esperança. Olhava para o Rio logo adiante. Aquele que destruiu seus amanhãs, aquele que era a razão para o acordar. Como é vilão aquele que antes produzia vida. Agora só restou a morte. A água barrenta desafiou o homem cansado. E dele não teve pena. Batalha travada. Batalha perdida. Restava apenas à espera do descanso do seu inimigo.