domingo, 10 de fevereiro de 2008

Dia


O barulho da sala de espera mistura-se com a dor da saudade. Ela não queria pensar muito no assunto e preferia está em casa descansando. Chegou atrasada. Seu nome não era chamado. O local cumpria o papel que lhe era atribuído. Sua cabeça latejava e as conversas não a interessavam, diálogos de doença, remédio e dor. A sala tinha vários sofás e uma decoração familiar. Fazia um calor e a água não estava à vista. As plantas artificiais cobriam a sua visão, não conseguia saber quem estava do outro lado, só enxergava os pés impacientes de uma mulher. Que lástima! A TV não estava ligada, sua frívola programação serviria para passar o tempo. E nada de seu nome. A espera é a pior ocupação. É o ócio das ações. É permanecer intacto, é a dor de cabeça. Desistiu. Desistir era fácil. Mais tarde seguiria para o trabalho. Duas horas, dois meses, eternidade. O som do teclado é o único zunido no seu ouvido. Tem também a voz daquele rádio, daquele cidadão que já não está mais lúcido. Enquanto as imagens fortes predominam, o pensamento está naquele que fala coisas bonitas. Frases e atos. Ela volta para a cena vermelha.

2 comentários:

Estêvão dos Anjos disse...

n entendi, abre o paint, desenha e manda para o meu email.
bju :p

Paulinha Felix disse...

Eu entendi e fico feliz porque acabou!

=*