"Quase sempre a lápis em pedaços esparsos de papel, seguindo o curso aleatório de meus devaneios ou de minhas caminhadas" "O narrador é um ser feito de palavras, não de carne e osso, como os autores tendem a ser"
domingo, 20 de maio de 2012
terça-feira, 20 de março de 2012
"Quando acordava não sabia mais quem era. [...] Só então vestia-se de si mesma, passava o resto do dia representando com obediência o papel do ser"
"Durante o dia eu faço, como todos, gestos despercebidos por mim mesmo. Quanto a mim, só me livro de ser apenas um acaso porque escrevo, o que é um ato que é um fato. Para que escrevo? E eu sei? Sei não..."
CL
"Durante o dia eu faço, como todos, gestos despercebidos por mim mesmo. Quanto a mim, só me livro de ser apenas um acaso porque escrevo, o que é um ato que é um fato. Para que escrevo? E eu sei? Sei não..."
CL
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Na piscina com dona Iraci
Não tem para ninguém quando dona Iraci entra na piscina. A sua disposição só não é maior que seu sorriso que combina com o maiô e o batom vermelho. Todos sabiam, menos eu, que dona Iraci é uma campeã. Carrega no peito as incontáveis medalhas e o mérito é a irreverência. “No máximo, temos um empate, sempre com a presença dela”, alerta o professor. Porém, o potencial da senhora que aparenta menos que a idade é uma certa malícia no olhar. “Aproveita, Iraci, aproveita”. E dona Iraci balança o quadril e a cabeça do lado para o outro ao som de “Volta pra casa, sua safada. Volta pra casa, sua safada”. Ela adora. Após a dancinha provocante, ela brinca com o nada inocente macarrão e diz “Todas nós precisamos de um macarrão”. Eu abro um sorriso e todos gargalham. A Iraci transformou a piscina. Todos na cama com dona Iraci.
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