segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Tia queima adolescente de 14 anos

(minha versão)

Os cabelos espetados provocaram medo. O olhar remelado trazia nojo. O bafo era uma mistura da cachaça de ontem com o vômito de hoje. Adentrei num lugar pequeno. Miserável. Sem cor, brilho, sabor, não havia vida ali, só pedaços de pesadelos e desilusões. Tive medo. Ela estava nua. Nua sem vontade. Fingia enferma, fingia ter lágrimas em um coração de pedra. Tive pavor. O pedaço de ferro lhe dava força e a água fervilhada mostrou sua astúcia. Ela era condenada a viver, a morrer naquele pedaço de desespero e dor. Tive pena.