terça-feira, 26 de agosto de 2008

A personificação do eu, do nosso (desabafo)

Apesar da escritora Clarice Lispector - um dia - afirmar que ainda não é humana, a magnitude do ser humano representa uma inspiração para aqueles que gostam de traduzir seus sentimentos com palavras. Narrativas da vida real com suas infinitas histórias que deixam a imaginação correr solta, quando expressões, sons e gestos percorrem nossos ouvidos e nos fazem sentir um texto.

É evidente a personificação do eu subjetivo, aquele cheio de sentimentos e sem nenhuma regra, nenhuma imposição. Poderia ser algo mais satisfatório? E essa concretização é paradoxal, assim como a nossa sociedade. Assim como os ouvintes, aqueles que são donos das narrativas.

Declaro-me motivada a seguir estes caminhos. A culpa deve ser da minha mãe, uma contadora de histórias que me ensinou desde cedo a importância do livro. Ou é daquele sentimento de decepção com a realidade jornalística da minha região. Talvez um desejo de acrescentar, inovar e - quem sabe - transformar o que tanto observo.